"Politicando"

Ele acorda as 05h30min da manhã para caminhar com seus seguranças. O Sr. Wilsom Lima, atual governador de Brasília, preza pela sua saúde, muito importante, mas eu me pergunto: Quem está zelando pela saúde de Brasília e desse povo?

Nesse mesmo horário o trabalhador que se levanta para honrar o seu serviço logo encontra um ônibus lotado, e agora a sorte não é mais de se sentar é de conseguir entrar. Entre apertos, assaltos, abusos, perdendo aos poucos sua dignidade dentro de um ônibus lotado que por muitas vezes não chega a seu destino. Isso quando não quebra e permanece quebrado por alguns meses. O trabalhador vai ter que esperar mais 40 minutos para que um novo ônibus apareça e os outros trabalhadores que já estão lá dentro rezam para que ninguém entre. São 40 minutos até que outros ônibus apareçam e no mínimo 20 de engarrafamento. Isso sem contar o fato de que muitos desses trabalhadores gastam mais alguns minutos andando para chegar em seu trabalho e talvez essa quase uma hora de atraso lhe custe mais alguns anos sem emprego. Então eu paro e pergunto, o senhor governador sabe o que é isso? Acredito que não! Ele caminha tranquilamente e pensa somente nas suas propostas de campanha para se firmar no cargo de seus sonhos, divulgada no jornal regional, uma delas é aumentar o salário do servidor público mas esse servidor público não é aquele que faz a limpeza de escolas públicas ou serve o lanche; o único servidor público o qual tem a atenção de nossos governantes nos últimos tempos são aqueles que permanecem sentados em cadeiras de executivo, aumentando os impostos, ignorando medidas que possam trazer benefícios, viajando com a família, aproveitando seu 14° salário, empregando o cunhando do vizinho de sua irmã e claro, sem deixar de fazer uma oração agradecendo a Deus por tudo isso, como o senhor deputado Leonardo Prudente.

Para o carro blindado e com placa especial não há engarrafamento e muito menos problemas no motor ao longo do caminho, as janelas sempre fechadas porque o ar de fora pode lhe trazer alguma contaminação. Deixamos então o ar condicionado ligado e junto com ele a situação constante de insatisfação e a falta de esperança, o povo já não quer mais alguém honesto, queremos apenas alguém que não somente cometa seus "deslizes", mas que lute pelo povo. Talvez Arruda tenha lutado, mas nessa briga ele não soube escolher seus treinadores e muito menos disfarçar seus golpes baixos e com suas luvas caídas se foi também sua máscara, e a folha que deu origem seu nome não lhe trouxe tanta sorte assim.

Ser governador de Brasília já virou sonho de aposentado, não há nada melhor do que mordomia, sombra, água fresca e muitos assessores, uma dor de cabeça aqui e outra ali, mas nada que tire sua paz por muito tempo, a não ser que um de seus acessores seja Durval, mas acredito que ninguém mais irá cometer esse "erro".

Além do senhor Wilsom Lima, temos Cabo Patrício, e para as próximas eleições o “homem” quer voltar, Joaquim Roriz, mais conhecido como “o governador do pão e do leite”, leite esse que era fabricado pela suas vaquinhas queridas. Então pensemos - ele pagava para si mesmo com o dinheiro do povo, recebendo como governador e como fazendeiro do leite, nada mais genial!

Como a origem de nosso sistema político vem da Roma antiga e a política de troca dos benefícios também tem sua origem romana, ter uma política do panis et circensis não é uma surpresa. Pão e circo se encaixam perfeitamente na situação atual de Brasília: ainda conseguimos colocar o pão na mesa de café da manhã, eu só espero que o papel de palhaço chegue ao fim algum dia.

Por Joyce Oliveira

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